Ainda a falta de diversidade
Em pleno XXI a sociedade tem muito a fazer para mudar esse cenário.
Pesquisa recente, realizada pela to.gather, startup especializada em mensurar a diversidade nas empresas, mostra que, apesar da importância do tema, os grupos sub-representados seguem sendo minoria nos quadros de colaboradores.
Os dados foram coletados entre março e abril deste ano, com a participação de 289 empresas atuantes em mais de 20 segmentos e que juntas empregam em torno de 1,5 milhão de pessoas no Brasil.
Segundo o levantamento, mulheres representam 39,5%, pessoas pretas e pardas 31,2%, pessoas com deficiência 3,3%, Pessoas LGBTQI+ 10,1%, pessoas trans e travestis separadamente 0,9%, pessoas +50 anos 10,9% e pessoas neuroatípicas 2,3%.
Analisando a participação destes grupos em cargos de liderança os porcentuais caem, com exceção das pessoas com mais de 50 anos com aumento de 4 pontos porcentuais: mulheres 31,9%, pessoas preta e pardas 17,7%, pessoas com deficiência 0,8%, pessoas LGBTQI+ 5,3%, pessoas trans e travestis separadamente 0,2%, pessoas +50 anos 14,7% e pessoas neuroatípicas 1%.
Apesar do tema diversidade estar presente nos Rh das empresas e no nosso cotidiano, os resultados mostram que há ainda muito a ser feito para mudarmos esse panorama. Falta de investimentos significativos, de programas de estágio ou trainee, equidade salarial e de capacitação técnica são os principais entraves.
O lado positivo demonstrado na pesquisa é que as empresas estão ampliando o número de vagas voltadas para esses públicos e buscando incluir em suas culturas programas de letramento para os funcionários, comunicação focada na diversidade, treinamento de lideres e funcionários sobre o tema, assim como a criação de grupos de afinidade e a capacitação dos profissionais de recrutamento e seleção.
O poder de acelerar essa evolução está em nossas mãos. Cabe a nós, como sociedade e consumidores, cobrarmos cada vez mais ações efetivas e resultados significativos. Ganham as empresas e ganhamos todes nós.